A Fenajufe, o SINTRAJURN e os demais sindicatos de base seguem mobilizados para garantir recursos no orçamento do Poder Judiciário da União (PJU), fundamentais para a implementação nas melhorias do Adicional de Qualificação (AQ), a reestruturação da carreira e a recomposição salarial em debate no Fórum Permanente de Carreira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A disputa por recursos ocorre em meio às disparidades de tratamento referentes aos auxílios, além da implementação de diversos penduricalhos para a magistratura.
Recentemente, a líder do partido Novo na Câmara, deputada Adriana Ventura (Novo/SP), defendeu cortes nos gastos públicos e criticou os supersalários no setor. Segundo ela, é preciso coibir pagamentos milionários e avançar na reforma administrativa em 2025.
No Senado, a concessão de novos benefícios à magistratura reforça a polêmica sobre os privilégios no serviço público. Na véspera do feriado de Carnaval, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil/AP), criou um penduricalho semelhante ao aprovado durante o recesso no Judiciário e que permite salários acima do teto constitucional. A chamada licença compensatória concede um dia de folga a cada três dias úteis trabalhados, além de prever indenizações que não integram a base de cálculo de adicionais ou gratificações, nem contam para fins previdenciários. A medida escancara a disparidade na destinação de recursos, enquanto servidores do PJU lutam por melhorias salariais e condições dignas de trabalho.
Fenajufe, SINTRAJURN e os sindicatos de base seguem a pressão por uma distribuição mais equitativa do orçamento, garantindo que os servidores também sejam contemplados. “O fortalecimento da carreira, por meio da sua reestruturação, da valorização salarial e do incentivo à qualificação, é essencial para a melhoria dos serviços prestados à população. A luta continua, e é fundamental que os servidores atendam ao chamado das suas entidades para uma grande mobilização em defesa da inclusão da categoria no orçamento”, finaliza o coordenador-geral Leandro Gonçalves.
Do SINTRAJURN, Caroline P. Colombo